Emagrecer Definitivo

Vontade de comer doce? Entenda a fome emocional

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– Vamos entender o que fazer com a vontade de comer doces…. Uma coisa que eu sempre ouço no consultório: “Ai, Dra. Sophie… hoje estou tão cansada… que vontade de comer alguma coisa… Mas não sei o que é. Caramba, a geladeira está lotada, mas na verdade não quero nada do que tem aqui!” Você vai para a cozinha, procura, procura, procura, e não acha nada para comer! Não é barriga vazia, é só vontade de comer alguma coisa… Mas você não sabe muito bem o que é. Já sentiu isso? Isso é bem comum e pode ser a tal da fome psicológica. Já ouviu essa expressão? Eu sempre falo que o ser humano se nutre de alimentos e sentimentos. Então vamos lá: nem sempre a fome é física. Ela também pode ter um fundo psicologico ou comportamental, esta é a Fome Emocional. Por exemplo: pode ter a ver com o momento que estamos vivendo, com o nosso meio ambiente, com as pessoas que nos cercam, com o estresse…

Enfim, com milhares de fatores. Por isso é importante que você conheça os tipos de fome que existem. Assim saberá identificar cada uma delas e lidar melhor com suas sensações. Vou começar falando da fome física. Essa é a fome de verdade… aquele sinalzinho que seu corpo manda quando está faltando combustível… “Olá, precisamos comer alguma coisa para sobreviver…!” Sabe aquele famoso vazio no estômago, que chega até a doer? Essa é a fome física. E você, como sente a sua fome? Ela pode se manifestar como uma dor de cabeça, tontura, irritação… “Ah, mas Dra. Sophie, eu não sinto nada…” Isso também pode acontecer com pessoas que fazem muitas dietas. A dieta confunde a fome. Está feliz? Vai comer. Está triste? Vai comer. Está estressada? Vai comer. Comer vira o jeito de aliviar qualquer dor. Por isso agora vamos falar um pouco da fome psicológica.

A fome psicológica está ligada ao nosso estado mental. Dentro dessa fome psicológica, existem vários tipos de fome que estão sendo estudados pela ciência. Hoje eu escolhi os três tipos de fome psicológica mais comuns: a vontade, a fome social e a fome emocional. Vou começar falando da vontade. A vontade é diferente da fome física. Ela aparece mesmo quando você está com a barriga cheia! Quer ver só um exemplo? Você acaba de almoçar, está satisfeito, mas se depara com o bolo da vovó e vai ficar com vontade.

Sempre vai ter um espacinho para o bolo da vovó, não é? E se não comer naquela hora, provavelmente vai ficar pensando no bolo o dia todo! Ou seja: a vontade é algo bem específico. Você sabe exatamente o que quer. Quero bolo! Neste caso, é melhor não resistir… Senão provavelmente vai ficar com mais vontade e comer de forma exagerada depois. No Hospital das Clínicas, onde atendo pacientes que sofrem de compulsão alimentar, costumamos dizer que “vontade não assumida pode virar compulsão!” Então, coma com moderação e sem sentir culpa! Agora vamos falar um pouco sobre a fome social! É aquela que sentimos quando estamos em momentos de festas, confraternizações, reuniões com amigos e familiares, restaurante…

Jogando conversa fora, comendo e bebendo coisas gostosas! Pode reparar: nessas ocasiões, mesmo que você não esteja morrendo de fome, vai acabar comendo! O ser humano sempre celebrou em torno da comida, desde o tempo das cavernas, e em qualquer cultura! O ser humano é um animal social. Comer juntos é uma grande felicidade do ser humano! Mas depois desses eventos vem um pensamento bastante comum: “Dra. Sophie, eu não estava com fome, porque eu comi tanto?” Bom, porque nestes momentos a gente geralmente acaba comendo mais do que precisa. Natal, Páscoa, festa de aniversário, restaurante com amigos… Você vai comendo, comendo, sem perceber…. E tudo bem! Não se culpe tanto, exagerar de vez em quando é normal! Normal! Você não precisa ficar controlando tudo o que você come, ainda mais em dia de festa! Mas o que acha de tentar um meio termo? Você pode experimentar novos sabores, comer coisas diferentes, se dar o direito de comer um pouco a mais… mas sem gula. Pode comer de tudo? Não tudo! Tente viver esses momentos sendo mais consciente e menos distraído.

Fique mais atento às necessidades do seu corpo e permita-se! Quando você come sem culpa, a chance de extrapolar é menor. Fica a dica! Finalmente, vamos falar de fome emocional! Não foi à toa que essa ficou por último: a fome emocional é a mais complexa e é a que faz engordar. Ela é urgente, diferente da vontade. E aparece nos momentos que procuramos uma recompensa. Sabe aquele dia cansativo no trabalho? Você pegou muito trânsito para chegar em casa, ou brigou com alguém querido…

Ou ainda está passando por uma fase complicada de vida, desanimado, triste, confuso… É geralmente aí que vem aquela sensação já conhecida por muitas pessoas… “Eu mereço!” Mereço comer qualquer coisa gostosa para relaxar um pouco! Mas seu cérebro é esperto… Ele sabe que a melhor recompensa é aquela que combina açúcar e gordura. Nessas horas você não pensa em brócolis, pensa? Este é o problema da fome emocional: ela gera uma relação errada com a comida. Se você anda comendo sem vontade, só “por comer”, achando que isso vai resolver seus problemas, eu digo para você: não vai. Claro que se você comer chocolate vai sentir um conforto momentâneo. Mas quando você acabar de comer, seus problemas ainda estarão lá. Comer não resolve! Se for preciso, procure ajuda. É interessante tentar buscar a origem dessa tristeza, angústia ou ansiedade.

Que tal deixar para comer este chocolate em um momento feliz e em paz? Pense nisso. Quero terminar esse texto com uma mensagem positiva para você: Não tenha medo da sua fome! Ter fome é normal, e comer não é um ato somente fisiológico, mas também psicológico! Que tal começar a prestar mais atenção em que tipo de fome está sentindo? Você tem fome de quê? Aprenda a responder essa pergunta e recupere seu prazer de comer! Bon appétit!

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